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Dra. Cléa Rodrigues | Fotografia: Deivid Murad
“Como mulher negra, humilde, nasci e vivi no subúrbio carioca em uma época em que o racismo e preconceito não eram crimes e, sim, uma constante em nosso meio. Na escola fui muito perseguida por ser preta e pobre, chamada de inúmeras palavras como: macaca, preta feia, cabelo duro, fedida… Com muita dignidade sempre superei sem brigas, mas sim no diálogo. Logo cedo tive que aprender a me defender e superar. Eu penso que me fortaleci e essas situações me fizeram enfrentar desafios com coragem e dignidade, não abaixando a cabeça e mostrando quem era a Cléa Rodrigues desde muito cedo!
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Sempre estudei em escolas públicas desde a educação infantil até a pós-graduação e isso me traz muita satisfação e o dever de devolver à sociedade o investimento feito na minha formação acadêmica. Hoje, eu tenho um olhar voltado para o outro, de cuidado, de oferecer oportunidades a quem precisa. Sou ativista social há mais de 25 anos. Eu penso em poder contribuir de alguma forma com o meu conhecimento e talento. Creio que os desafios enfrentados por mim em uma época muito diferente me moldaram para ser quem eu sou hoje! Estou com 62 anos. Olho para trás e vejo com orgulho quem eu fui e quem eu sou agora.”
Cléa Rodrigues
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