Psicóloga clínica formada desde 2015 pela FACERES. Atua através de atendimentos online e presenciais pelo método Gestalt Terapia.
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Fotografia: Deivid Murad
Você já se pegou sem fôlego, com o coração acelerado, em um momento que deveria ser apenas mais um no seu dia? Esse aperto no peito, a mente correndo a mil por hora, como se estivesse tentando resolver um problema impossível de ser solucionado. É como se o mundo ao seu redor perdesse a cor e a vida, enquanto a ansiedade toma conta de cada fibra do seu ser. Você não está sozinho. Essa é a realidade de milhões de pessoas que, assim como você, enfrentam diariamente o mal silencioso do século: a ansiedade.
A ansiedade, ao contrário do que muitos pensam, não é simplesmente uma preocupação momentânea. Ela é uma presença constante, uma sombra que espreita e que, muitas vezes, nos impede de viver plenamente. O ritmo acelerado da vida moderna, a pressão constante por resultados e a sobrecarga de informações são apenas alguns dos fatores que alimentam essa condição, que tem se tornado cada vez mais comum. E o mais alarmante é que, em muitos casos, a ansiedade se torna tão habitual que é normalizada, escondida atrás de sorrisos forçados e uma rotina aparentemente normal.
O que talvez poucas pessoas saibam é que a ansiedade pode se manifestar de formas muito variadas, desde insônia e fadiga crônica até crises de pânico que paralisam o corpo e a mente. Muitos vivem com esses sintomas sem sequer reconhecer que estão lidando com um problema sério, acreditando que o estresse e a tensão fazem parte da vida moderna.
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Essa falta de conscientização é um dos maiores obstáculos para o tratamento adequado, pois faz com que muitas pessoas sofram em silêncio, sem buscar ajuda.
A cada dia, mais pessoas enfrentam esse desafio, muitas vezes sem o apoio necessário. É comum ouvir relatos de pessoas que, após anos de crises não diagnosticadas, finalmente encontram um nome para o que sentem: ansiedade. No entanto, até chegarem a esse ponto, essas pessoas podem ter passado por um verdadeiro pesadelo, tentando manter uma fachada de normalidade enquanto, por dentro, lutavam uma batalha diária.
Chegamos a um ponto em que é crucial falar abertamente sobre a ansiedade, desmistificando suas causas e, principalmente, mostrando que há caminhos para lidar com ela. A prática do autocuidado, muitas vezes negligenciada, é uma das principais ferramentas para combater a ansiedade. Não se trata apenas de momentos de relaxamento ou lazer, mas de um compromisso diário com a saúde mental e emocional. Pequenos hábitos, como reservar um tempo para respirar profundamente, praticar atividades físicas, ou simplesmente desconectar-se das redes sociais, podem fazer uma grande diferença na maneira como lidamos com o estresse e a pressão diária.
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Além disso, a psicoterapia se apresenta como uma aliada poderosa nesse processo. Ela oferece um espaço seguro para explorar nossas emoções, entender as raízes da nossa ansiedade e, principalmente, aprender a lidar com ela de forma mais saudável. É através do autoconhecimento que podemos identificar os gatilhos que nos levam à crise e, com o tempo, aprender a controlar nossa resposta a eles.
A ansiedade não precisa ser uma sentença. Com a devida atenção, é possível reduzir seus impactos e, em muitos casos, até mesmo superá-la. Ao investir em autocuidado e buscar o apoio de um profissional qualificado, você pode reencontrar o equilíbrio e a paz interior que tanto merece. Imagine uma vida onde a ansiedade não dita as regras, onde você pode enfrentar os desafios do dia a dia com confiança e serenidade.
Esse é o futuro que todos nós podemos construir. Um futuro onde a ansiedade não é ignorada ou normalizada, mas sim reconhecida e tratada com a seriedade que merece. Onde o autocuidado é parte integrante da nossa rotina e onde a psicoterapia nos guia na jornada para uma vida mais plena e saudável.
A ansiedade pode ser o mal do século, mas não precisa definir quem somos ou como vivemos. Ao tomar as rédeas da nossa saúde mental, estamos dando o primeiro passo para um futuro onde a ansiedade não é mais uma prisão, mas apenas uma parte do caminho que aprendemos a trilhar com sabedoria e força.
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