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Dra. Ariele Zopi Lima Tanaka | Fotografia: Divulgação
Muitas pessoas relatam sobre sua paixão em relação à medicina. Mas poucas a relacionam com o amor pelas Artes. E foi exatamente encontrar essa conexão entre os dois mundos que fez Ariele Tanaka se sentir realizada na profissão que escolheu seguir. Médica há mais de 10 anos, a pequena Ariele de Santa Albertina, interior de São Paulo, adorava pintar e até colecionava livros de grandes pintores. Cresceu, se mudou para Jales (SP) com sua família e viu uma pessoa muito próxima entrar para a área da saúde. “O que me levou a escolher este caminho creio que foi a admiração pela minha irmã, que já era médica”.
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Anos mais tarde, entrou para a faculdade de Medicina e a curiosidade pela Dermatologia começou a instigá-la. “O interesse surgiu na faculdade, por conta da disciplina e minha paixão pelas artes, em especial a pintura, que, na área estética, tem extrema relação devido aos detalhes minuciosos para a construção do embelezamento facial e corporal”. Foi então que, quando se formou, mudou para a capital para iniciar sua pós- -graduação na área. “Lá estudava em período integral e fazia muitos plantões em hospitais para pagar minhas contas e me manter. Meu pai também me ajudava, na medida do possível”.
O gosto pelo ramo estético foi aumentando, ao mesmo tempo que Ariele percebia um padrão nos interesses dos pacientes: a vontade de emagrecer de maneira saudável. Então, decidiu fazer mais uma pós-graduação, dessa vez, em Nutrologia e realizou o sonho de abrir sua própria clínica. “[Queria] entregar aos meus pacientes um tratamento completo, fazendo emagrecimento e tratando doenças crônicas, em busca de longevidade saudável para aqueles que me procuravam na clínica”.
Ariele Zopi Lima Tanaka
Atualmente a clínica conta equipe de esteticista, fisioterapeuta e educadora física. “Acredito na medicina não apenas curativa, mas preventiva, na qual a longevidade saudável faz-se presente em todos os âmbitos de atendimento, equilibrando corpo, mente e espírito”. Além de sua graduação e especializações, Ariele já participou de diversas conferências e congressos pelo mundo, viagens em que, inclusive, pode conhecer museus e continuar contemplando sua paixão pelas artes. E embora isso tudo tenha moldado a profissional que é hoje, acredita que os pontos que a destacam no mercado são seu amor à profissão e o fato de ser uma médica acessível. “Acho que empatia nos dias de atuais faz a diferença”.
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Quando perguntada sobre como vê o mercado atual e seus desafios, ela diz que o ramo está em constante crescimento e sempre com muitas novidades científicas. “As dificuldades são exatamente a de acompanhar tantas atualizações, pois não tem como parar de buscar sempre as melhores técnicas e tecnologias das áreas”. E para isso, ela tem a resposta literalmente na palma da mão. Criou sua própria linha de dermocosméticos para tratamento facial, desenvolvida e pensada para gerar menos impacto ambiental, sem testes em animais, com ingredientes verdes, orgânicos e veganos e para todos os tipos de pele. Além disso, para um futuro próximo, quer adquirir uma nova tecnologia para agregar em seus protocolos de tratamentos voltados para emagrecimento e hipertrofia muscular e iniciar um projeto social que tem em mente.
Entre tantas conquistas e realizações, para ela, é difícil dizer qual foi o mais significante, mas lembra de um caso específico que a marcou muito. “Logo que inaugurei a clínica, uma paciente me procurou por conta de uma lesão na face com crescimento acelerado. Era um câncer de pele altamente agressivo. Em pouco tempo, teve o olho amputado, metástase e morte. Fizemos a conduta correta, porém ela se foi em poucos meses. [Isso] evidenciou a importância da fotoproteção e de como não temos política de saúde pública de incentivo nos grandes meios de comunicação para a prevenção ao câncer de pele”.
Por isso, Ariele tem trabalhado arduamente para evoluir enquanto profissional e poder ajudar as pessoas. “A lição que aprendi em minha vida é a de que devemos ser maiores que os nossos medos! Obstáculos, desafios, frustações e fases ruins nunca me deixaram a opção de desistir. ‘Lugar de mulher é onde ela quiser’ e devemos lutar para conquistar nosso espaço. […] Gostaria de ser lembrada como uma mulher que tinha sonhos, traçou um objetivo e não desistiu, mesmo em uma sociedade machista estrutural”.
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