Gente que faz a diferença

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Adriana Preti

ADVOGADA E PROFESSORA UNIVERSITÁRIA

Advogada com pós-graduações em Direito Processual Civil, Direito Sistêmico Integrativo, Constelação Sistêmica Familiar e Mestrado em Direitos Difusos e Coletivos. Em paralelo à advocacia, atua como docente universitária há 20 anos. “Advocacia e a docência, minhas grandes paixões. Já lecionei em diversas instituições de ensino do Estado de São Paulo, como a Universidade Metodista de São Paulo e a Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. Desde 2011, leciono na Universidade São Judas, e no início deste ano de 2024, fui contratada como Coordenadora do Curso de Direito da Faculdade Estácio – Unidade de Santo André – SP.”

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Adriana Preti | Fotografia: Revista Angel

Completando exatos 25 anos de atuação na advocacia, Preti tem presença forte no meio jurídico, é membro integrante da Diretoria da OAB da 39ª Subseção – SBC, no triênio 2022-2024, no cargo de Secretária Geral Adjunta, tendo participado da Diretoria da mesma Subseção em outras duas gestões anteriores (2016-2018 e 2019-2021) e narra com orgulho seu propósito nos caminhos que escolheu em sua carreira. “Considero-me uma pessoa muito abençoada, por poder exercer as profissões das pessoas que mais me inspiram nessa vida: meu pai, que é meu sócio e advogado, e da minha saudosa mãe, que dedicou sua vida a lecionar no ensino fundamental. Sou verdadeiramente apaixonada pelas duas profissões que exerço. Hoje, posso dizer que sou completamente realizada profissionalmente.

Meu propósito sempre foi o de ajudar pessoas: tanto na advocacia, quanto em sala de aula. Saber que o trabalho que desenvolvi em um processo, minha atuação em uma audiência, ou uma determinada aula ou disciplina, contribuíram para tornar melhor ou para transformar a vida de alguém não tem preço. Saber que posso contribuir para a vida de cada um deles, e que posso servir como instrumento de transformação social enche meu coração de gratidão. Aliás, creio que essa seja a maior recompensa que podemos receber, quando exercemos com amor a nossa profissão: a gratidão nos olhos daquele que confiou sua vida em nossas mãos.”

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“Para chegar até aqui e viver esse sonho foi preciso superar barreiras e enfrentar diversos desafios ao longo da vida. Por isso, eu acredito muito que devemos valorizar cada passo da jornada, cada pequena conquista, cada pequena vitória, pois nenhuma carreira é construída do dia para a noite.”

“Sou sócia-fundadora, juntamente com o meu pai, do escritório Preti Advocacia, que está localizado em São Bernardo do Campo (SP), com atuação focada nas áreas cível, familiarista, trabalhista e empresarial. Um dos diferenciais do nosso escritório é focar na resolução de problemas dos clientes de forma extrajudicial, utilizando meios como a negociação, a mediação e a conciliação, a fim de solucionar os conflitos de forma consensual, procurando evitar, ao máximo, a judicialização dos conflitos, caminhos que levam à inúmeras vantagens, como celeridade, maior efetividade, menor custo e possibilidade de as partes comporem as cláusulas do acordo livremente, sem que um terceiro decida por elas. ”

"Tudo o que a mente humana pode conceber, ela pode conquistar."

Napoleon Hill

Antecipando a novidade que virá em julho deste ano, gostaríamos que nos contasse um pouco sobre o lançamento do seu livro. Como surgiu o desejo de escrevê-lo? Qual impacto ou resultado gostaria de atingir?

Há tempos já pensava em escrevê-lo. É um livro para servir de guia para as mulheres que buscam mais informações sobre um tema que infelizmente é muito comum: violência doméstica e familiar. Sempre fui muito procurada para atuar na área de Direito das Famílias, especialmente por mulheres. Esse livro foi escrito para elas, pensando nas necessidades das minhas clientes, e de muitas outras mulheres que me procuram, às vezes até pelas redes sociais, com dúvidas sobre situações que vivenciam no dia-a-dia.

A maioria das ações em que atuo na área familiarista envolvem mulheres que já passaram por episódios de violência doméstica, e que muitas vezes sequer sabiam que haviam sido vítimas de violência. Porque violência doméstica não é só violência física. E foi justamente por perceber essa falta de informação e a necessidade de levar ao conhecimento das mulheres os seus direitos, que nasceu a motivação de escrever o livro. Espero que seja um guia, um amigo, um conselheiro, um verdadeiro alento para que as mulheres possam se libertar de relações abusivas, e viverem uma vida pautada no respeito e na dignidade.

Quais são os maiores desafios ao lidar com casos de violência doméstica?

A violência, em suas diversas formas, é uma realidade alarmante no Brasil, sendo que 3 a cada 10 brasileiras já foram vítimas de violência doméstica, de acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto DataSenado.

Acredito que dentre os maiores desafios em lidar com esses casos, dois se sobressaem: a falta de informação da vítima, e os frutos de uma cultura machista que ainda são colhidos até os dias de hoje. Primeiro porque a falta de informações necessárias para que a vítima possa reconhecer a violência e agir de forma concreta, sem saber onde e como procurar ajuda imediata quando for o caso, sem saber como agir e que medidas legais podem ser adotadas, é um desafio e um grande problema a ser superado, porque geralmente as mulheres têm dificuldade em nomear em suas relações essas situações de abuso e violência, e podem passar anos em situação de vulnerabilidade, e quando conseguem procurar ajuda, muitas vezes não recebem atendimento adequado, sentindo-se culpadas e negligenciadas.

Outro ponto importante é que sabemos que a violência contra a mulher tem bases históricas no machismo, e por isso é extremamente importante trabalhar questões de gênero, raça e empoderamento feminino desde cedo nas escolas, além de formar e sensibilizar os agentes públicos e todos aqueles que, de alguma forma, lidam com essas situações, o que se mostra um grande desafio para o Estado e a para toda a sociedade.

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Estamos avançando juridicamente em favor da proteção aos direitos das mulheres? Em sua opinião, o que ainda falta?

A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) completa este ano 18 anos. É fato que a lei significou um grande marco e avanço em nosso país, porque mudou completamente a forma como o Brasil lida com a violência doméstica, além de ser conhecida por quase toda a população brasileira, e ser considerada pela Organização da Nações Unidas – ONU, a terceira melhor legislação no combate à violência contra as mulheres no mundo.

E realmente a lei se mostrou extremamente inovadora, porque estabeleceu um conjunto de medidas protetivas de urgência, que vão desde a prevenção até a punição dos agressores. Mas apesar disso, mesmo depois de quase 20 anos, o próprio Estado não investe na divulgação como deveria, para que toda a sociedade tenha realmente conhecimento sobre os seus direitos, além da questão orçamentária, para implementar, por exemplo, mais delegacias especializadas no atendimento e defesa dos direitos das mulheres. Na minha opinião, o governo precisa instituir mais políticas públicas e destinar mais orçamento para o enfrentamento da violência contra a mulher, qualquer que seja o partido que esteja no poder, porque temas como esse não podem ficar à mercê de disputas políticas.

Adriana Preti | Fotografia: Revista Angel

Sua carreira como Docente Universitária certamente a coloca em meio a debates cheios de novas ideias e ideais. Como é esse ambiente e como você define a Dra. Preti no mundo acadêmico?

Na docência, procuro sempre instigar meus alunos na busca pelo conhecimento, e a desenvolverem as suas habilidades sócio-emocionais, para que sejam profissionais humanizados e de destaque no mercado de trabalho. Procuro ser uma profissional em quem eles possam enxergar valores e ética, e sempre converso com eles sobre a importância de sermos profissionais éticos, acima de tudo. E faço questão de contar em sala de aula todos os meus erros e perrengues que passei na advocacia, pois se há uma mensagem que gostaria de deixar gravada nos corações deles é: faça o seu melhor sempre, e seja humilde, pois a humildade abre portas! Em toda a minha carreira, desde quando era apenas uma jovem advogada, iniciante, até alcançar o reconhecimento que possuo hoje, mantenho como prioridade e princípio de vida algo que julgo extremamente importante: a humildade.

Não há profissional ou ser humano que saiba tudo e nunca haverá: estamos em constante evolução e aperfeiçoamento. A cada novo dia, somos uma nova versão do que fomos ontem. Agir com humildade é reconhecer as nossas vulnerabilidades, apenas isso. Portas se abrem para quem é humilde, justamente por isso. Mas ser humilde não significa ser submisso ou se sujeitar a qualquer tipo de desrespeito: seja combativo sempre que for necessário!

Quais são seus principais objetivos a partir daqui? O que ainda pretende alcançar?

Apesar de ser uma profissional extremamente realizada, minha advocacia não pára de crescer, e está sempre em constante expansão, com diversas novas parcerias de negócios, não só no Brasil, como em outros países também, por conta da liberdade geográfica que o mercado digital nos proporciona.

Paralelamente à advocacia, continuo focada no meu propósito de ajudar e transformar a vida de pessoas, porque percebo nos advogados e advogadas recém-formados essa necessidade: de encontrarem profissionais experientes que possam lhes auxiliar, principalmente no início da profissão, a superarem os obstáculos da jornada e receberem orientação para direcionarem suas carreiras, afinal esta é a grande missão de um verdadeiro mentor: encurtar o caminho do mentorado rumo ao sucesso e à realização profissional.

Para isso, criei juntamente com a Dra. Sandra Oliveira, uma das minhas parceiras de negócios, um canal no YouTube e um Podcast intitulado @elasnajustiça, que acolhe as novas advogadas que estão em busca de um direcionamento para iniciarem suas carreiras, e seguimos crescendo com esse projeto, que está sendo muito bem recebido pela jovem advocacia. Além disso, meu livro será lançado em julho deste ano, e já estou escrevendo o próximo, para dar continuidade também nessa missão de informar àqueles que tanto necessitam.

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