Compartilhe essa história:
Dra. Verônica dos Santos Rodrigues | Fotografia: Revista Angel
A história de Verônica dos Santos Rodrigues na advocacia é um pouco diferente que se costuma ouvir. Ela decidiu atuar na área somente após se aposentar da sua vida de servidora pública. Trabalhou em salas de audiências da Primeira Instância, secretariou em Câmaras de Julgamento na Segunda Instância e atuou como Assistente Jurídica no Gabinete de Desembargadores. Foi seu trabalho no Tribunal de Justiça que a motivou a cursar Direito.
PUBLICIDADE
Aposentou-se depois de 37 anos de contribuição na vida pública, acumulou muita bagagem profissional e se formou como advogada. Começou nos ramos Criminal e Cível e, finalmente, se encontrou na área da Família, a qual já se dedica há 11 anos. “O que me levou a este caminho foi o fato de sempre gostar de pessoas e ajudá-las a encontrar as melhores formas de solucionar seus conflitos. Esse sempre foi meu desejo de alma e a vida me trouxe até aqui”. Hoje, se identifica como advogada sistêmica, uma facilitadora das técnicas sistêmicas, dentre elas a Constelação Familiar. É vice-presidente da Comissão de Direito Sistêmico, membro da Comissão de Conciliação e Mediação da 39ª Subseção da OAB-SBC e embaixadora do Sistema Brasileiro de Direito Sistêmico (SBDSIS).
Verônica dos Santos Rodrigues
Embora convicta da sua escolha em mais um passo dentro da sua trajetória profissional, Verônica conta que alguns pontos a fizeram desanimar no início. “Meu maior desafio foi começar a advogar aos 51 anos e me deparar com muitas burocracias, quando considerava que tudo poderia ser mais prático e mais eficaz. Fiquei apática, não vendo muito futuro para continuar atuando”. Mas foi quando conheceu o Direito Sistêmico por meio do trabalho do Juiz de Direito, Dr. Sami Storch, que tudo mudou. A esperança de uma atuação com mais propósito e assertividade voltou com tudo. “Entendi que havia a necessidade de me aprimorar e estudar essa forma libertadora de encarar os conflitos olhando para a relação familiar de cada indivíduo”.
Segundo Verônica, isso foi um divisor de águas em suas atuações processuais. “Hoje, tenho extrema satisfação e esperança ao ver os ótimos resultados obtidos com as práticas sistêmicas na vida dos clientes que se permitem”. Para ela, o que mais a agrada e a motiva é saber que, com essa nova consciência sistêmica, é possível verdadeiramente ajudar as pessoas.
PUBLICIDADE
Toda essa experiência no ramo a levou a conseguir um fato marcante na carreira: ser convidada para ser coautora do livro “Consciência sistêmica” – que será lançado em junho –, no qual relata sua história de vida e de sucesso sendo mãe adotiva. “No livro, abordo as formas como revelei ao meu filho sobre sua adoção. Dentre elas, desde o primeiro dia que chegou na minha vida, eu o dizia: ‘você é meu filho do coração e eu te amo!’”. Verônica diz que a ideia dessa prática era que a frase se tornasse rotina para quando mais tarde ele tivesse a curiosidade em saber mais. “Isso seria o início de tudo e, com o passar dos anos, percebi o quanto foi importante esse preparo e o reconhecimento da importância da família biológica, honrando e respeitando sua história e origem. Hoje, com 20 anos, conheceu sua família biológica e se considera feliz por ter sido conduzido dessa forma”.
Hoje, sua missão profissional é continuar fazendo a diferença na vida dos clientes, por isso, está se dedicando fortemente à área de adoção, levando aos pais informações que podem ser extremamente úteis nesse processo tão delicado. “Com minha experiência pessoal de mãe adotiva e profissional de advogada, creio que posso ajudar, mostrando a importância de respeitar as raízes, a história e os pais biológicos da criança”. Verônica quer que as pessoas reconheçam e respeitem o fato de que existem mães que tem a capacidade de gestar e mães que tem a capacidade de maternar.
Para dar continuidade em seu objetivo de ensinar e espalhar informação sobre o tema que mudou a sua vida, Verônica já está trabalhando em seu próximo livro, que também vai abordar o tema adoção, porém com novos enfoques. “Sempre fui muito ativa e protagonista de vários projetos. Nunca a idade me impediu de sonhar e me sentir capaz de buscar o que me fazia feliz. […] Quero ser lembrada como aquela que buscou incessantemente não se acomodar e ir em busca do melhor a cada dia”.
Compartilhe essa história: